domingo, 29 de maio de 2016

Flor

Pra que poesia sem ela por perto? Por que fazer o certo se a certeza da minha vida foi pra lá descobrir outras vidas, dissipar interrogações, exclamar emoções? Pra que tomar café? Pra quê fica de pé se deitados vivíamos nosso ápice?


Arde. Dói. Lateja essa dor.


Ela me dizia algo interessante: que o calor que a gente sente perto de quem a gente ama é tipo fotossíntese: renova a vida; ilumina a alma.


Sem ela, concluí: não nasce flor em mim.


Sem ela, o roteiro de cinema começa pelo fim.


E o estilo beira a comédia.


Porque, pelo que sei da minha vida, semana que vem surge outra pra me fazer de trouxa.


O amor me transformou num palhaço.


Um Pierrot burro pra caralho.




Fábio Chap

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