domingo, 26 de maio de 2013

Morri

Simples assim. Para morrer não é preciso fazer cena, o ar para de entrar nos pulmões, o coração cansa de pulsar, a voz enfim emudece e pronto. Tudo está feito, acabado para sempre. Às vezes o corpo indigente é jogado em uma vala, outrora gente que é sepultado como acham que é merecido, mas a morte é uma só. Não importam onde vão me enterrar, ou se alguém vai forçar alguma lágrima. Não quero flores, em vida nunca ganhei nenhuma rosa murcha, agora meus olhos estão cerrados e minha pele morta não sente mais o toque de flor alguma. As flores são um jeito de ajudar no luto, mas ninguém vai se lembrar que passei por esse mundo, nunca dei importância para sentimentos não o farei agora; a morte lava a alma, arranca-a do corpo sem dó nem piedade e o que fica é massa, carne podre. O que nunca me serviu para nada agora perdeu de vez o valor. Morri e quer saber não estou nem aí.

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